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Representantes da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) acompanharam, nesta sexta-feira (27), os religiosos do Templo Umbandista da Cabocla Jurema, incendiado no último dia 25, até a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) e ao Ministério Público para que fossem feitas as denúncias e as providências necessárias. Entre os integrantes da equipe da Sejus estavam a coordenadora de Políticas de Promoção e Proteção da Liberdade Religiosa, Adna Santos, a Mãe Baiana, e a coordenadora de Comunidades e Povos Tradicionais, Edcleide Martins Honório, além do representante do Conselho Distrital de Diversidade Religiosa, Elianildo Nascimento, e da conselheira do Conselho de Defesa do Direito do Negro e representante da OAB, Dra. Nubia Bragança. Na Decrin, foram recebidos pela delegada Ângela Maria dos Santos.
Também foi realizada uma visita à casa de religião de matriz africana, localizada entre Sobradinho e Planaltina. O local teve as portas arrombadas, objetos roubados e depois foi queimado. O Templo Cabocla Jurema é um dos mais antigos do Distrito Federal e completa 50 anos em janeiro de 2020. A suspeita é de que seja mais um caso de intolerância religiosa no Distrito Federal.
As religiões de matriz africana são as que mais sofrem com o preconceito. Esse grupo é vítima de 59% dos crimes de intolerância registrados na Decrin. Para promover no DF uma cultura de respeito ao direito das pessoas exercerem suas crenças, a Sejus tem uma Coordenação de Diversidade Religiosa na Subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial para implementar e debater políticas públicas nessa área. Também é responsável pelo Comitê Distrital de Diversidade Religiosa, colegiado formado por representantes do governo e da sociedade civil.