Notícia Aberta
‘Cartão Vermelho para o Racismo’ volta a campo e reforça combate à discriminação no futebol
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Por Thiago Vilarins
Antes da bola rolar para Aparecidense x Fluminense, na Arena BRB, campanha da Secretaria de Justiça e Cidadania, em parceria com a CBF, promove gesto coletivo e simbólico contra o racismo nos estádios
Depois de ganhar projeção nacional no último dia 4 de maio, durante o jogo entre Vasco e Palmeiras, a campanha Cartão Vermelho para o Racismo volta a campo nesta quarta-feira (21), agora na partida entre Aparecidense e Fluminense, válida pela terceira fase da Copa do Brasil. A mobilização acontece novamente no Estádio Nacional Mané Garrincha – Arena BRB, em Brasília, e marca a segunda edição da ação inédita de enfrentamento ao racismo no futebol brasileiro.
A campanha é uma iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e tem como objetivo transformar os estádios em espaços de respeito, inclusão e igualdade racial. Com o lema “Não é só falta grave, é cartão vermelho para o racismo”, a ação promove um gesto simbólico e coletivo: jogadores entram em campo com a faixa da campanha, enquanto torcedores, atletas e autoridades levantam cartões vermelhos em repúdio à discriminação. Os cartões serão distribuídos na entrada do estádio.
A expectativa é repetir o impacto da estreia da campanha, que conquistou visibilidade nacional ao reunir atletas, torcida e representantes do poder público em um movimento conjunto de conscientização. A mobilização ocorrerá antes de todos os jogos promovidos pela CBF no Distrito Federal e já tem nova data confirmada: quinta-feira (22), antes da partida entre Capital e Botafogo, novamente pela Copa do Brasil, no mesmo estádio.
A ação integra a construção de um modelo nacional de combate ao racismo nos estádios e reforça o compromisso com a Lei Vinícius Júnior, sancionada recentemente pelo Governo do Distrito Federal, que estabelece diretrizes pioneiras para o enfrentamento ao racismo em ambientes esportivos. A Sejus é responsável pela regulamentação da lei no DF e trabalha para consolidar o projeto como referência nacional, com o apoio da CBF.
“O futebol é um espaço de paixão, de encontro e de identidade. Por isso, ele também pode e deve ser um instrumento poderoso de conscientização e transformação social. Quando o estádio se levanta contra o racismo, envia uma mensagem clara: esse tipo de violência não será tolerado. Estamos construindo um novo modelo de enfrentamento ao racismo no esporte, e Brasília está sendo pioneira nesse processo”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania do DF e idealizadora da campanha, Marcela Passamani.
Nos próximos meses, a campanha será ampliada com cursos de letramento racial, rodas de conversa e ações educativas com clubes e federações, reforçando o compromisso de tornar o futebol brasileiro mais inclusivo, diverso e livre de preconceito.
Campanha Cartão Vermelho para o Racismo
Data: Quarta-feira (21)
Horário: A partir das 19h15, antes do início de Aparecidense x Fluminense
Local: Estádio Nacional Mané Garrincha – Arena BRB
Público estimado: 50 mil pessoas