29/05/2025 às 20h27 - Atualizado em 24/06/2025 às 15h19

Distrito Federal reforça segurança nas unidades socioeducativas com uso de cães e drones

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Por Fernanda Mourão, Ascom/Sejus

Portaria atualiza os protocolos de segurança nas unidades de internação e semiliberdade, com foco na prevenção de crises e na proteção dos direitos dos adolescentes.

A Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) publicou nesta quinta-feira (29) a Portaria nº 448, de 27 de maio de 2025 e institui novas normas voltadas à segurança e vigilância das unidades de internação e semiliberdade do sistema socioeducativo do DF. Entre as principais novidades, destaca-se a autorização para o uso de cães farejadores e veículos aéreos não tripulados (VANTs) — os drones — que passam a integrar as operações de monitoramento e prevenção, com o objetivo de ampliar a capacidade de resposta a incidentes e reforçar a proteção dentro das unidades.

 

Foto: Jhonatan Vieira. Ascom/Sejus

 

Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania, destaca a importância da atualização normativa. “As mudanças mostram um esforço da Sejus em modernizar a atuação no sistema socioeducativo, equilibrando a necessidade de segurança com a garantia dos direitos humanos. O uso de cães e drones é uma resposta aos desafios enfrentados nas unidades, mas o regulamento deixa claro: o foco é sempre prevenir crises e tratar com dignidade os adolescentes em cumprimento de medidas”, esclarece.

Cães treinados para reforço operacional

A nova regulamentação estabelece que a Diretoria de Segurança do Sistema de Atendimento Especializado (DISSTAE), vinculada à Sejus, poderá realizar operações com cães treinados para detectar drogas, armas e celulares, além de apoiar ações preventivas e de gerenciamento de crises. O uso desses animais será restrito aos espaços internos das unidades e não haverá contato direto com os socioeducandos.

De acordo com o documento, a atuação será sempre pautada pela proporcionalidade e pelo respeito aos direitos humanos. A condução e o treinamento dos cães deverão ser realizados por profissionais habilitados, obedecendo às normas de bem-estar animal e segurança.

Drones para vigilância e apoio a escoltas

Outra inovação trazida pela medida é o uso de drones para monitoramento aéreo e vigilância de áreas externas e de difícil acesso, prevenindo fugas e identificando comportamentos suspeitos.